Futsal ALJ: Um time que marcou as páginas da história
Ter o nome eternizado nas páginas da história pode ser o desejo de muitas pessoas. Mas só para algumas é reservado esse espaço, para aquelas que ajudaram a construir obras, ideias e projetos que marcaram uma época ou perduram além do tempo. Esse é o caso de Luiz Fernando Buchmann, associado jubilado da Associação Leopoldina Juvenil, que junto a nove amigos, deu início à prática de futsal no clube.
Os jovens, que acompanhavam a média de idade de Buchmann, 21 anos, queriam praticar um esporte, mas não tinham interesse no tênis - modalidade tradicional da ALJ, então se uniram para fazer história. No ano de 1957, fundaram os primeiros times e deram a largada para os jogos. "Quando começamos, a cancha era na esquina da Marquês do Herval com a Timóteo, de areão. Era uma luta para jogar futebol", lembra o associado.
Porém, logo após as primeiras partidas, se multiplicaram times e jogadores. "Começaram a fazer campeonato interno e, logo, somamos mais de dez equipes", aponta o ex-jogador. Com tanto interesse expresso pelos associados, o clube também dedicou maior atenção ao esporte e, logo após, inaugurou a quadra coberta, para garantir uma melhor estrutura aos associados.
Talvez esse marco tenha atraído ainda mais jogadores, o que causava até um "congestionamento" nos times como conta Buchmann: "Nos sábados, o jogo começava às 13h e era uma correria para ver quem chegava primeiro, porque os dez primeiros jogavam, os outros tinham de esperar". O jubilado se diverte ao lembrar que, mesmo morando em frente ao clube, também tinha de sair bem mais cedo de casa para garantir o seu lugar.
Além de um dos fundadores do Futsal, Buchmann foi por diversos anos também diretor da equipe de Futsal da ALJ e acompanhou várias viagens e competições. Ele recorda com mais facilidade das que lhe renderam troféus para exibir em casa. "Fomos vitoriosos em Caxias, Bento Gonçalves e Cachoeira do Sul. Nós fomos de ônibus, era uma correria. Éramos todos jovens, nos divertimos muito", conta. Mas não só nas viagens a turma se divertia: "Nós fazíamos muita festa aqui também... Fazíamos muita churrasqueada", completa.
Hoje, aos 85 anos, o associado comemora o resultado do que ajudou a construir no clube do seu coração e também os laços feitos no futsal, que perduram até os dias atuais: "Ali nós criamos um círculo de amigos. Nos reunimos até hoje, uma vez por mês, no clubinho para jantar". Além de os amigos marcarem a história, também deixaram um legado, que é seguido com muito carinho pelas novas gerações. "O presidente atual, o Marcelo, deu continuidade ao Futsal", observa o jubilado com alegria.