Palavra da Presidência
Boa noite a todos. Gostaria de fazer uma saudação especial aos ex-presidentes presentes na figura no presidente Gustavo Caleffi e, ao cumprimentá-lo, cumprimento os demais integrantes da mesa aqui presentes.
É com muita honra que tomo posse como presidente da Associação Leopoldina Juvenil, o nosso Clube que esse ano completa 160 anos. São 160 anos, não são 10, 20 ou 30 anos. Eu tenho certeza de que poucas são as instituições em nosso país que têm essa longevidade, com tanta história envolvida. E esse tempo de vida do Clube se deve obviamente aos fundadores no longínquo ano de 1863 e primordialmente aos nossos associados, Presidentes/Vice-presidentes/Diretores e Executivos que por aqui passaram e muitos que permanecem até hoje.
A ALJ é um Clube de muita tradição e somente nos mantivemos competitivos por todo esse tempo inovando. Essa aparente dicotomia e esse desafio de inovar mantendo a tradição não é algo simples. Quando inovamos normalmente se tem rupturas, quebra de paradigmas, isso tira as pessoas e certos grupos de zonas de conforto. Isso incomoda. Importante mantermos a serenidade para tomarmos as decisões com convicção de que eventuais impactos atinjam positivamente o maior número de associados possível, um princípio primordial em nosso dia a dia.
Trabalhei diretamente na gestão do Clube por sete anos: cinco anos como vice-presidente Administrativo Financeiro e dois anos como Vice-presidente Social e Cultural. Nesse período tive a satisfação de trabalhar diretamente com quatro presidentes, outros tantos vice-presidentes e diversos diretores. Fui testemunha de profissionais abnegados e que buscaram incessantemente o melhor para os associados, colocando o Clube sempre em primeiro lugar.
Passamos juntos por períodos difíceis, outros nem tanto, e participei de diversas decisões importantes (compra da casa, Debut das Águas, regularização das sedes, PPCI, dentre outras). Passamos por uma Pandemia, em que o Clube ficou fechado por 136 dias, 106 dias em 2020 e 30 dias em 2021. Esse tema que afetou toda a humanidade não poderia passar incólume na ALJ. Um Clube acostumado a ficar aberto todos os dias das 7h às 23h. Além dos associados que se mantiveram adimplentes, tivemos também que nos reinventar enquanto gestão. Renegociamos todos os contratos com fornecedores e aceleramos a transformação digital da nossa operação. Um clube acostumado com práticas presenciais teve que, de uma hora para a outra, evoluir em diversos procedimentos e atividades, para o ambiente virtual.
Sou um assíduo frequentador do Juvenil, no Tênis e na Natação. Minha família faz tênis, natação, futsal, adoramos o Bar da Piscina e os almoços no restaurante. Gostamos de frequentar o Clubinho que, por sinal, é uma filial dessa Sede, ou seja, trata-se do mesmo Clube. Sempre é bom deixar isso claro. Acredito que representamos uma típica ‘Família Juvenil’, onde o clube é extensão da nossa casa e é um porto seguro nesse caos urbano em que vivemos. Aqui no Clube temos o nosso jeito, nossa cultura. Isso também representa muito.
Meus agradecimentos aos presidentes com quem trabalhei diretamente: Eduardo Machado, Gustavo Caleffi, Marcelo Corrêa da Silva e Alberto Jerônimo Guerra Neto. Também aos Vices com quem trabalhei em conjunto e diretores. Agradeço também aos vice-presidentes Portal, Bebeto e Beto Corrêa da Silva que aceitaram embarcar nessa comigo. Agradecimento especial aos Executivos da ALJ e aos nossos colaboradores, nas figuras da Giovana e da Danielle.
À minha esposa Juliana e aos meus três filhos maravilhosos: Pedro, Alice e Antonio.
Ao meu pai que nos associou no Juvenil e nos deu a opção de poder escolher esse Clube.
E à minha mãe. Termino com um trecho de um poema de Carlos Drummond de Andrade que ela gostava muito:
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Vida Longa à ALJ! Muito obrigado!
Paulo Corazza
Presidente